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Este Blog foi originalmente criado para os eventos da COP-8 e MOP-3 realizados em março de 2005/Curitiba. Devido à importância de tais temas para a humanidade, a Revista Consciência.net continuará repassando informações relacionadas, incluindo comentários e matérias pertinentes. Boa leitura! Editores responsáveis: Clarissa Taguchi, Paula Batista e Gustavo Barreto. Da revista Consciência.Net - www.consciencia.net

sexta-feira, março 24, 2006

Confira o que está em alta e em baixa na COP8

EM ALTA


• A tenda do Fórum Global da Sociedade Civil teve dias de glória durante a MOP3. Durante a COP8, nem tanto. Mas nesta quinta-feira foi à forra, com debates concorridos sobre ética e biodiversidade, biopirataria e mudanças climáticas. A temperatura ambiente, quem diria, virou detalhe.

• Sem o Greenpeace, a COP/MOP definitivamente ficaria sem graça. O movimento internacional tem trazido humor, leveza e, como de praxe, é onipresente. Mesmo quando aparece no fim da fila nas inscrições para tomar a palavra. E vem mais por aí.

• Via Campesina. Depois da polêmica da Aracruz, as mulheres da Via deixaram muita gente com um pé atrás. Mas as manifestações na COP8, sempre em clima de grito de guerra, têm sido tocantes e contagiado ONGs internacionais e até engravatados a serviço de governos. O lenço verde do grupo virou grife.

EM BAIXA

• Consenso sobre uso de sementes terminator. O desejo da maioria das nações é por moratória. Mas a Suíça, Nova Zelândia e Austrália não aceitam e isso emperra o consenso.

• Suíça. O país dos relógios-cuco, aliás, tem um comportamento incoerente na COP. Segundo ambientalistas, no território suíço terminator não entra nem para melhorar qualidade do chocolate. Pimenta nos olhos dos outros...

• Participação efetiva dos indígenas nas discussões. No meio da tarde desta quinta-feira, o secretário-geral da Convenção da Biodiversidade da ONU, Ahmed Djoghlaf, reuniu-se com os representantes indígenas. Foi em missão de paz. Os participantes reclamam presença mais efetiva nos debates sobre proteção de conhecimentos tradicionais. A exclusão seria culpa do Grulac (grupo de países latino-americanos e Caribe). Isso é incrível.

O que foi discutido nesta quinta-feira

1. A necessidade de ampliar a quantidade de áreas protegidas e de criar mecanismos para que as áreas já existentes sejam mantidas. Em tempo, a discussão contemplou também áreas oceânicas.

2. Orçamento. Dinheiro é uma constante nas discussões e, à medida que o tempo avança, mais do que nunca. Questão é: quem vai financiar áreas protegidas?

3. A novela do terminator. Pedido é por moratória, mas enquanto o consenso não vem, um grupo especial vai estudar saídas para o impasse.


Gazeta do Povo/ Gazeta do Povo Online