“Introduzir genes no milho significa que o povo também foi invadido”
Curitiba,16/3/2006 da Agência Carta Maior
Em meio a discussões políticas no MOP-3, em Curitiba, sobre a rotulagem e o plantio dos transgênicos, populações camponesas, como a do México, sofrem com a contaminação indesejada nos seus campos e com a ameaça à sua identidade cultural.
“Como algo que não é bom para a barriga, pode ser bom para o solo?”. Esse é o questionamento que muitos camponeses do México fazem quando escutam a recomendação de que as sementes que estão recebendo de algum mercado local, adquiridas de empresas agrícolas, podem ser plantadas, mas não devem ser ingeridas. Os agricultores sabem que algo atípico está acontecendo com o seu milho, porém não sabem dizer exatamente o quê. Para os camponeses indígenas, é impossível fazer a distinção entre a semente e o grão colhido. Ambos são essência e nutrientes do ser humano.
O problema da contaminação transgênica do milho mexicano foi um dos temas debatidos tanto em evento paralelo do 3° Encontro das Partes do Protocolo de Cartagena (MOP-3, sigla em inglês), realizado pela organização Rede por uma América Latina Livre de Transgênicos (RALLT), como no Fórum Global da Sociedade Civil, promovido pelo Fórum Brasileiro da ONGs e Movimentos Sociais (Fboms). O MOP acontece entre os dias 13 a 17 de março, em Curitiba. Os eventos de quarta-feira (15) contaram com a participação de movimentos sociais mexicanos.
Por Natália Suzuki
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