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Europeus exigem rotulagem para produtos de animais alimentados com transgênicos. Petição com um milhão de assinaturas quer informações mais claras sobre a presença de organismos geneticamente modificados em produtos de origem animal, principalmente carne, leite e ovos
Bruxelas - Um dos direitos básicos da União Européia - o direito à informação - vem sendo negado sistematicamente na região por uma brecha na Constituição do bloco, que permite a entrada de milhões de toneladas de transgênicos na cadeia alimentar das pessoas. Para mudar esse cenário, 1 milhão de pessoas assinaram uma petição exigindo a rotulagem dos produtos derivados de animais alimentados com rações transgênicas - principalmente leite, carne e ovos.
Mais de 90% dos produtos geneticamente modificados importados pela União Européia são soja e milho, destinados à alimentação animal. A dieta dos animais de fazenda na Europa é tipicamente composta por até 30% de transgênicos. Isso totaliza 20 milhões de toneladas de transgênicos entrando na cadeia alimentar européia todos os anos sem que o consumidor saiba.
A Constituição européia exige a rotulagem de alimentos como óleo de cozinha, catchup e mistura para bolos, desde que seus ingredientes incluam 0,9% de organismos geneticamente modificados ou mais. O mesmo acontece com pacotes de ração animal. Mas produtos alimentícios derivados de animais alimentados com transgênicos não precisam ser rotulados.
As assinaturas foram coletadas em 21 países-membros da União Européia entre maio de 2005 e dezembro de 2006.
De acordo as pesquisas realizadas na União Européia, a maioria dos consumidores não quer consumir produtos derivados de animais que se alimentaram com transgênicos.
"Essa petição é um aviso para que a União Européia não permita mais que os transgênicos entrem na Europa pela porta dos fundos e cheguem aos nossos pratos por uma brecha da lei", afirmou Marco Contiero, do Greenpeace Europa.
(Fonte: Greenpeace) – IDEC – 06/02/2007 -
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