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quarta-feira, janeiro 31, 2007

Biocombustíveis são mais voláteis que petróleo, diz Goldman

LONDRES (Reuters) - As margens dos biocombustíveis são muito mais voláteis do que as do petróleo bruto e os riscos do setor também são mais difíceis de serem gerenciados, disse nesta terça-feira Kiru Rajasingam, do banco de investimentos Goldman Sachs.

Rajasingam, diretor-executivo da área de renda fixa, moedas e commodities, observou que as margens para fabricar etanol a partir do milho nos Estados Unidos (EUA) caíram durante os últimos meses.

"A volatilidade dessas margens é astronômica. É uma volatilidade muito maior do que você poderia esperar para uma refinaria de petróleo bruto", disse ele numa conferência organizada pela Euromoney.

Os preços do etanol caíram recentemente, acompanhando o declínio no mercado de petróleo bruto. Porém, os preços da matéria-prima do combustível, o milho, continuam firmes, acrescentando pressão às margens.

"As margens do biocombustível... não são como as do petróleo bruto, elas podem ser negativas e se tornarem mais negativas. (O petróleo bruto) é um negócio muito menos arriscado para participar", informou.

Rajasingam destacou que, caso as margens do petróleo bruto caiam, o mercado pode se ajustar com a queda dos preços da matéria-prima.

Já a matéria-prima utilizada para a produção de biocombustível é procurada também pelo setor de ração, no caso dos grãos, de forma que os preços não precisam ser reduzidos se as margens se tornarem negativas.

Os biocombustíveis, atualmente fabricados a partir de grãos, cana-de-açúcar e óleos vegetais, podem substituir os combustíveis fósseis e são uma alternativa para promover a redução de emissões de gases do efeito estufa, apontados como um dos fatores que contribuem para o aquecimento global.

"Os desafios para construir uma estrutura de gerenciamento (para os biocombustíveis) são vários", concluiu Rajasingam.

Ele ressaltou que, para o biodiesel, é difícil proteger os custos em parte devido às diferentes matérias-primas utilizadas na produção, como óleo de soja, de colza e de palma.

Ele também observou que diferentes políticas tarifárias, mesmo dentro da União Européia, também tornam mais difícil o "hedge" da commodity.