Mais sobre as propostas de cada país

Canadá pede regras para votação e África e Cuba pedem a inclusão da biossegurança nas Estratégias de Redução da Pobreza e nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).

Curitiba, 15/3/2006
Como já era previsto, as questões mais espinhosas dos grupos de trabalho estão sendo deixadas para os últimos momentos da Reunião das Partes. O Artigo 18.2(a), que trata da documentação dos organismos vivos modificados (OVMs) e o cumprimento desses critérios. Ontem à noite os delegados encerraram as discussões dos grupos de trabalho (GT-I e II) não chegando a acordos significativos sobre os temas tratados, levando o representante do Canadá a frisar que as regras sobre os conflitos de interesses devem prever que os países não podem votar sobre questões referentes a seus próprios países, e o Brasil só colocou que o mecanismo de cumprimento deve ser facilitador e cooperativo entre as Partes.
A África do Sul colocou suas preocupações com relação às designações muito pequenas para que os países cumpram seus marcos de trabalho, o que levou o Fundo para o Meio Ambiente Mundial (FMAM) a declarar que todos os países, inclusive aqueles sem atribuições individuais, receberão fundos para a biodiversidade, que vão de um milhão de dólares a 3,4 milhões, mas com a ressalva de que no próximo reabastecimento se sustentem os níveis prévios de financiamento. Com isso os países com atribuições individuais poderão obter fundos potenciais para a biossegurança.

O representante da África pediu que a integração da segurança da biotecnologia nas Estratégias de Redução de Pobreza deve ser realizada quando estas estejam disponíveis e se tenha programado sua revisão. Cuba apoiou o pedido propondo que se agregue uma referência para incluir a biossegurança dentro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. Os delegados adotaram as decisões com essa proposta e outras mudanças menores.

Por Paula Batista, da Revista Consciência.Net.