Ritmo de extinção de espécies de animais é dez mil vezes maior que o natural
Extermínio sem precedentes - O número de animais da Terra tem sido reduzido num ritmo dez mil vezes maior do que o natural. De 1970 a 2005, o mundo sofreu uma redução de um terço da diversidade animal devido à ação humana. Os dados estão no “Índice do Planeta Vivo”, produzido pela Sociedade Zoológica de Londres e as organizações ambientalistas WWF e Global Footprint Network. Do O Globo, 16/05/2008.
Como as grandes forças naturais, a exemplo de quedas de asteróides e erupções vulcânicas cataclísmicas, o homem se transformou numa força capaz de alterar a vida na Terra. De acordo com o relatório, o planeta não via nada assim, desde a grande onda de extinção há 65 milhões de anos, que varreu 90% das formas de vida e pôs fim à era dos dinossauros.
Acredita-se que ela tenha sido provocada pela queda de um asteróide.
Polêmica na conferência da ONU
Segundo o “Índice do Planeta Vivo”, as espécies terrestres tiveram um declínio de 25%, as marinhas de 28% e as de água doce, 29%. As aves marinhas tiveram uma taxa particularmente alta de extinção: as populações de numerosas espécies declinaram 30% desde meados dos anos 90.
— Essa taxa não tem precedentes na história da Humanidade. Em termos da expectativa de vida do ser humano, pode parecer que as coisas não estão acontecendo tão depressa. Mas, 35 anos, em termos de história do planeta, que tem 4,5 bilhões de anos, é muito depressa — disse o editor do relatório Jonathan Loh.
O relatório será discutido e deve causar polêmica durante a IX Conferência das Partes da Convenção de Biodiversidade das Nações Unidas, que começa segunda-feira, em Bonn, na Alemanha. E ambientalistas dizem que os números enfraquecerão qualquer discurso de autoridade prometendo fazer “significativas” reduções na perda de biodiversidade até 2010, uma meta acordada pela convenção da ONU.
Os autores do relatório dizem que a falta de ação global já tornou tal meta totalmente inviável.
— Nenhuma das promessas de governos foi transformada em ação. É condenável que os governos dos países signatários da convenção não sejam capazes de cumprir as metas que eles mesmos estabeleceram — destacou Loh.
O relatório acompanhou 4.000 espécies de animais por 35 anos.
Segundo Ben Collen, um dos autores do estudo, o papel da ação humana é claro: — A população mundial dobrou entre 1960 e 2000. Durante esse mesmo período, as populações de animais declinaram cerca de 30%.
Está além de qualquer dúvida que esse declínio foi causado pelos seres humanos.
O estudo lista cinco razões para o declínio de espécies, todas relacionadas ao ser humano: mudanças climáticas, poluição, destruição de hábitats de animais, invasão de espécies exóticas e superexploração de espécies.
O golfinho do rio Yangtze, na China, é considerado um caso emblemático.
Ele foi considerado extinto no ano passado, após sucessivas buscas terem se mostrado infrutíferas.
Há muitas razões para o desaparecimento: colisões com barcos, perda de hábitat e poluição, todas ligadas ao homem.
A perda de biodiversidade terá conseqüências. Plantações poderão se tornar vulneráveis a pragas com o desaparecimento dos animais que mantêm o equilíbrio ambiental.
Outro problema é a diminuição de recursos pesqueiros.
1 Comments:
A crise da biodiversidade veio para substituir a crise do aquecimento global, que foi desmascarado várias vezes nos últimos anos. Estão querendo criar um órgãos no mesmo estilo do IPCC, com leis que obriguem os países as seguirem as regras autoritárias impostas por este órgão.
http://www.anovaordemmundial.com/2010/06/biodiversidade-o-novo-aquecimento.html
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