Cristina denuncia o cultivo da soja
Com centenas de estradas bloqueadas em todo o país, um desabastecimento massivo de carne e de leite nas cidades e uma queda sem precedentes do kirchnerismo nas pesquisas de popularidade – algumas lhe dão 23% - a presidenta argentina, Cristina Kirchner, afirmou na madrugada de hoje que os culpados pela crise vivida pelo país, há 19 dias, são os grandes produtores de soja. A notícia é do jornal El País e é destaque de primeira página nos jornais Clarín e Página/12, 01-04-2008.
Cristina não pediu o fim da greve mas o fim dos bloqueios. O governo anunciou subsídios para os pequenos produtores. Ela apelou para a aplicação da “justiça social” para manter a alta das retenções das exportações o que desencadeou o conflito e acusou que há interesses ocultos na rebelião do campo.
Acompanhada do jovem ministro da Economia, Martín Lousteau, ela denunciou que se corre o risco de que a maior parte da cultura nacional seja hegemonizada pela soja. Uma produção cuja exportação chega a 95% e que provoca um grave dano ecológico pois destrói as matas e que “não pertence à tradição nem aos gostos alimentares dos argentinos”.
Antes da presidenta, Lousteau fez a mesma denúncia ao advertir que a a soja (cujo preço internacional disparou) ameaça transformar a atividade agropecuária do país. “No longo prazo teremos menos leite, menos carne, menos trigo e tudo mais caro”.
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